quinta-feira, 4 de junho de 2009

Paixão X Solidão


Todo mundo sonha achar uma PESSOA ESPECIAL, alguém para vida inteira.
Muitas pessoas, mesmo involuntariamente, vivem a filosofia do clichê: "que seja eterno enquanto dure ".
A PAIXÃO enlouquece e desperta nossos instintos mais primitivos.
Na "aborrecência", os hormônios, a descoberta da sexualidade e as paixões PLATÔNICAS tornam a puberdade uma fase um tanto quanto conturbada.
Aos 20, vivemos a pureza, a MAGIA das grandes paixões, entorpecidas, intensas, tórridas ou até mesmo doentias...
Quando tudo termina, ficamos arrasados, deprimidos pensamos em MATAR ou MORRER. Depois que passa a tempestade, muitas vezes, descobrimos que esta relação e sentimento tão intenso, na verdade era tão profundido quanto um pires.
Entre os 25 e 30, nos tornamos mais seletivos e exigentes, buscamos alguém, sensível, fiel, que faça um BOM SEXO e que ainda por cima, nos ame.
Difícil, não?
Talvez...
Nessa altura do campeonato, as vezes, encontramos o par ideal, alguém atraente, com equílibrio emocional, maturidade, estabilidade financeira, enfim, a PESSOA PERFEITA, se não fosse, obviamente às questões de imcompatibilidade de gênios, insegurança, tendências a infidelidade...
Após os 30, já estamos mais experientes, bem resolvidos, independentes e não nos contentamos com qualquer coisa, procuramos alguém, no mínimo, a nossa altura. Nessa busca desenfreada e incessante pela ALMA GÊMEA, acreditamos na velha máxima: "Enquanto não aparece a pessoa certa, a gente vai se divertindo com as erradas mesmo".
Aos 40, o corpo muda, evidenciam-se os sinais do tempo e as pessoas passam a temer a VELHICE e SOLIDÃO, muitas vezes, se submetem a situações ridículas, antes jamais imaginadas. Com isso, acabam adotando o seguinte lema: "EU? Sozinho(a)? Aos quarenta? Nuuuuuunca, prefiro ficar mal acompanhado(a) mesmo."
Mas graças a evolução da ciência e os avanços da medicina estética, hoje já é possível chegar aos 50 esbanjando boa forma física, saúde e vitalidade. A esta altura do campeonato, em tempos modernos, boa parte das pessoas, independente do sexo, se preocupam em simplesmente gozar a vida, e se possível, desfrutar de uma boa e de preferência jovem companhia. Para muitos, isto inclusive pode significar alguns dígitos a menos em sua conta bancária... Bobagem!!!
A verdade é que nínguem está livre de cruzar uma esquina e se apaixonar perdidamente, feito um adolescente patético.
Nós seres humanos do mundo contemporâneo, podemos nos permitir experimentar várias paixões, e extrair o melhor delas de acordo com cada fase de nossas vidas, e isso, acredite, pode ser MUUUITO BOM!
Mesmo com toda dor, sofrimento ou INSANIDADE que este estado pode nos trazer, jamais prive-se de viver uma grande paixão.
Então...
APAIXONE-SE.

4 comentários:

  1. Doris Giesse vc é demais!!Um sonho...poderia ser para você a poesia "Detalhes de um sonho"= http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=16259 . Na sua biografia q vi pelo google não citou q vc trabalhou na TV Gazeta(vc era muito louca!!)

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  2. Dóris, você é um talento atemporal, uma mulher sem fronteiras. Amei o texto: claro, direto e sem cortes. Bravo!

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  3. Hm, hoje, aos meus 29, quando nessa pauta visceral e monológica que lançou, degladio epifanias bobas ou assertivas experienciais contra a cada vez mais crescente e arrepiante evidência da fatídica e dominante consciência biológica, temendo que não seja apenas a vaidade, a histeria ou a sociedade que cedo ou tarde pedirão par (pois essas, simples, são relegadas a(s)cendendo o "espírito"), mas uma espécie de homeostase instintiva além-cultural, além-psicológica, e ainda assim não meramente orgânica, mas talvez... "providencial, imanente?" a nos colocar em desígnios sistêmicos e cíclicos do todo.
    Temo não por parecer algo nocivo ou tirânico - pois, ora, é pulsão mais legítima que qualquer uma que nossa mente escolheria - mas que obriga a desfazer dessa crença ferrenha, a caro custo sustentada aqui, do desapego como única forma de amor legítimo; mas fazer o quê, se pra não ser paradoxal, o próprio desapego há de ser desfazível?
    Obrigado, enfim, pelo "Bobagem" e sobretudo pelas três exclamações.
    Besos.
    (José Altran)

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